Andam faunos pelos bosques

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À espreita...

Published by CF under on 20.7.12
Mesmo na aparente monotonia da cidade, onde as florestas de betão cerram o horizonte e os monstros de metal ensurdecem e sufocam, o olhar mais atento pode revelar surpresas, aninhadas nos pequenos nichos verdes que subsistem.

»» Columba palumbus. Porto.



O jardim do Fauno

Published by CF under on 3.4.12

(...) Muito tempo levaram naquele entretimento até que, feito o ramo, sem dar por isso, se viram à horda daquela água, à flor da qual o velho Sátiro não acabava o seu gozo. Descia a noite, e os ralos, vendo os quintalinhos em sossego, vinham à porta e cantavam. Uns respondiam aos outros, e vale e monte encheram-se de vozes, sonoras como matinas de monges. Os grilos sacudiram os élatros de ébano e oiro, um rouxinol suspirou, recolheu-se, tornou a suspirar, e despediu uma trova tão suave, que se molhou primeiro de céu para depois irrorar a terra. E o coro da noite elevou-se em mil acentos joviais e magoados e, nele, mesmo as rãs do rio e os sapos eram melodiosos.

Aquilino Ribeiro
Jardim das Tormentas



Que saudade...

Published by CF under on 22.3.12

... da minha sanidade mental.

»» Alqueva, Reguengos de Monsaraz.


Afinal há faunos no Algarve!!

Published by CF under on 1.11.10

A
pós muita busca - já quase um ano! - finalmente esta região começa a mostrar-se generosa comigo e a revelar alguns segredos faunescos num fim de tarde de Outono.

»» Aquila fasciata. Serra do Caldeirão.


De volta ao Alentejo....

Published by CF under on 2.6.10

Há realmente qualquer coisa nestas terras algarvias que me bloqueia o ânimo de alimentar os faunos e é com extrema pena que não tenho sido capaz de trazer novas fotos e textos.

Mas como nem tudo são lamentos, tive recentemente a oportunidade de voltar a um lugar que me diz tanto que é impossível não voltar cá para deixar um recadito...


»» Merops apiaster. Mértola.

A foto em si está muuuito fraquinha :) mas é de uma ave lindíssima que persigo há anos e que encontrei pela primeira vez neste recanto do Alentejo. Sempre quis regressar, mas só foi possível ao fim de demasiado tempo.