Andam faunos pelos bosques

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À espreita...

Published by CF under on 20.7.12
Mesmo na aparente monotonia da cidade, onde as florestas de betão cerram o horizonte e os monstros de metal ensurdecem e sufocam, o olhar mais atento pode revelar surpresas, aninhadas nos pequenos nichos verdes que subsistem.

»» Columba palumbus. Porto.



O jardim do Fauno

Published by CF under on 3.4.12

(...) Muito tempo levaram naquele entretimento até que, feito o ramo, sem dar por isso, se viram à horda daquela água, à flor da qual o velho Sátiro não acabava o seu gozo. Descia a noite, e os ralos, vendo os quintalinhos em sossego, vinham à porta e cantavam. Uns respondiam aos outros, e vale e monte encheram-se de vozes, sonoras como matinas de monges. Os grilos sacudiram os élatros de ébano e oiro, um rouxinol suspirou, recolheu-se, tornou a suspirar, e despediu uma trova tão suave, que se molhou primeiro de céu para depois irrorar a terra. E o coro da noite elevou-se em mil acentos joviais e magoados e, nele, mesmo as rãs do rio e os sapos eram melodiosos.

Aquilino Ribeiro
Jardim das Tormentas



Que saudade...

Published by CF under on 22.3.12

... da minha sanidade mental.

»» Alqueva, Reguengos de Monsaraz.